Análise do primeiro drive do BYD Dolphin EV 2023: ele poderia nadar nos EUA?

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Oct 19, 2023

Análise do primeiro drive do BYD Dolphin EV 2023: ele poderia nadar nos EUA?

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A BYD, com sede na China, não vende carros nos EUA, mas é provável que você já possua seus produtos. A BYD é o maior fornecedor mundial de baterias recarregáveis, além de fabricar coragem para muitos dispositivos móveis. A empresa também fabrica carros – EVs e PHEVs – e no ano passado fabricou meio milhão de carros a mais que a Tesla, o que é impressionante considerando que esses carros (ainda) não são vendidos nos Estados Unidos. Estávamos curiosos sobre os carros da marca Build Your Dreams, então a BYD nos convidou para ir a São Paulo, Brasil, para o lançamento local de seu EV de baixo custo, o Dolphin.

Quão barato? Experimente R$ 149.800, que, para quem não tem a taxa de câmbio do real brasileiro em um widget da tela inicial, custa pouco menos de US$ 31.000. Para colocar isso em perspectiva, bem abaixo entre os brasileiros (onde os grãos de café crescem aos milhões), um Jeep Renegade básico (1.3T 4x2) custa pouco menos de US$ 26 mil, enquanto o Corolla Cross da Toyota custa pouco mais de US$ 33 mil. (E se US$ 31 mil parecem baratos para você, o Dolphin do mercado chinês começa com o equivalente a US$ 16.300.)

A revelação da imprensa brasileira foi apresentada quase inteiramente em português, uma língua que não falamos, mas com um pouco de ajuda coletamos os seguintes fatos: O Dolphin é um EV monomotor de tração dianteira de 94 cv que chega a 60 mph em pouco mais de 10 segundos. Sua bateria de 44,9 kW oferece 252 milhas de alcance no ciclo NEDC extremamente otimista – portanto, seria menos no ciclo EPA – e a tela central reproduz videogames e karaokê. Tínhamos certeza de que a coisa do karaokê era um erro de tradução, mas não – a BYD demonstrou isso para nós. (Tendo experimentado o trânsito de São Paulo, entendemos por que esse recurso é tão vital no Brasil.)

No dia seguinte fomos levados à BYD Dahruj, uma das várias concessionárias BYD em São Paulo, para um test drive do Dolphin. Aqui tivemos um daqueles momentos de comercial de carro: o revendedor nos levou a um pequeno e elegante Dolphin com rodas de liga leve, uma faixa laranja e um interior de couro sintético multicolorido. Dissemos (em inglês): "Isso é legal, mas podemos ver a versão de US$ 31 mil?" Pausa para tradução e depois a resposta: "Esta é a versão de US$ 31 mil."

O Dolphin é um hatch subcompacto de uma caixa, semelhante em dimensões ao Bolt EV da Chevrolet, com vincos laterais da carroceria semelhantes aos do Hyundai Ioniq 5 e uma dianteira que tem uma vaga semelhança com o Lincoln MKX de primeira geração. O layout do painel nos lembra o SUV elétrico Volkswagen ID4, com uma pequena tela no topo do volante e uma tela maior – enorme, na verdade – no centro. Assim como outros produtos BYD, a tela motorizada gira entre retrato e paisagem. Na escala de surpreender os vizinhos, isso supera o enchimento das saídas de ar ajustáveis ​​de Rivian.

O interior do Dolphin é um carnaval de cores e texturas, muito mais bonito do que esperávamos de um EV de baixo custo vendido no que é educadamente chamado de “mercado em desenvolvimento”. Não estamos falando dos níveis de luxo da Rolls-Royce; os assentos do nosso carro de teste eram estofados com couro falso que nos lembrava o vinil usado em móveis para bebês. Mas as cores dos assentos são fantásticas: branco sujo com padrão branco e laranja, acabamento azul e debrum laranja. O painel é uma mistura de plástico cinza e prata escovado, enfeitado com um eco acolchoado do estofamento do assento do bebê. O console central é elegante e elevado, com espaço para uma bolsa embaixo e bandejas de armazenamento, portas USB e porta-copos na parte superior. Alguns dos plásticos parecem baratos – o que não é imperdoável em um EV tão barato – mas há qualidade no movimento do painel, com a notável exceção do botão de volume.

A cabine parece estreita, mas há bastante espaço para a cabeça, e o banco traseiro é significativamente mais espaçoso do que deveria ser em um carro desse tamanho. Os controles são simples e sensatos. Ao contrário do que presumimos serem as expectativas da maioria dos americanos, a coisa toda parecia particularmente bem montada, pelo menos quando o carro estava parado.

O que mais nos impressionou, porém, foram as telas. Vimos muitos carros, alguns muito sofisticados, que têm animações irregulares e atrofiadas, enfadonhas para infoentretenimento e indesculpáveis ​​no painel de instrumentos. Não é o Dolphin: os gráficos são nítidos e claros, e tudo na tela sensível ao toque central se move com a suavidade da Apple. Quando giramos a tela de retrato para paisagem – o que fizemos cerca de mil vezes – a tela se reorganizou em um layout mais adequado para aquela orientação. (Acabamos optando pela visualização retrato para navegação e paisagem para todo o resto.)